Almost a month after the United Nations Climate Change Conference (COP15), many people are still engaged in debating its results. In Brazil, as well as criticizing the outcome of the conference, bloggers have dedicated part of their blog retrospectives of the year to the event, considering it to be one of the most important moments of 2009.
Brazilian cartoonist Toni D'Agostino in A Caricatura do Brasil [pt] comments that the heads of state have “missed their opportunity to write their names in History”:
A grande expectativa que avizinhou a COP15 só fez aumentar a sensação de perda ante os parcos resultados práticos. O mundo perdeu a grande oportunidade de começar agora o que é inevitável; a maioria dos chefes de Estado perdeu a oportunidade de escrever seus nomes na história – como expressão dos anseios de uma nova era. Esperemos que o planeta não entre em colapso antes dos interesses econômicos conflitantes encontrarem um meio-termo.

"Strength and height do not guarantee life". Photo by Mestro Chi on Flickr. Used under a Creative Commons license.
César Yip produced a retrospective of the diplomatic accomplishments in 2009 in a post entitled “2009: a dark year for diplomacy?” on the Blog do NEI – Núcleo de Estudos Internacionais [Center for International Studies, pt]. He cites many cases, such as the Doha Round and the Iranian nuclear program, and finishes by considering climate talks as the greatest failure of diplomacy:
Fracasso anunciado, que só pegou de surpresa quem não acompanhou as movimentações pré-COP-15, como acordos firmados entre países em desenvolvimento na Ásia, ou a paralisação da legislação sobre o clima no Senado americano. Esperava-se inicialmente um tratado com metas vinculantes e outros mecanismos para suceder o Protolo de Quioto. Em seguida, alguns especialistas alertaram que seria mais realista esperar um acordo básico para um futuro tratado no próximo ano. […] Talvez o melhor balanço do grandioso evento seja o fato de, após seu final, os países imediatamente passarem a discutir de quem foi a culpa do fracasso. Lula culpou os Estados Unidos por induzir a Europa e Japão a tentarem eliminar o Protocolo de Quioto. O Reino Unido acusou China de impedir o acordo. E a África do Sul culpou a Dinamarca por tentar impor sua posição aos outros países. E que venha 2010!
Following the same line of thought, Diogo Campos also contributed to the discussion suggesting at least one positive outcome [pt]:
A única coisa positiva que podemos tirar dessa COP15 é o fundo de curto prazo de 30 bilhões de dólares que será liberado pelos países ricos para aqueles que sofrerem com as já conseqüências do aquecimento global ( Bangladesh, algumas ilhas do pacifico entre outros…) até 2012 e o inicio das discussões sobre o fundo de 100 bilhões de dólares anuais para aqueles países que sofrerão futuramente as conseqüências do aquecimento global e se adaptarem a esse novo contexto do clima no futuro. Vamos esperar agora que nos próximos meses todo esse impasse caminhe para um acordo suficiente e capaz de evitar as piores conseqüências do aquecimento global, tomara que na reunião da COP16 no México ano que vem saia no tão esperado acordo e que o impasse do clima não acabe como a rodada Doha que deste 2001 esta emperrado.

A dead penguin washed up in Brazil, at the Ecological Station, Juréia Itatins – Romaria in Iguape/SP. Photo by Paulo Henrique Zioli on Flickr. Used under a Creative Commons license.
The incredible, not-so-green Brazilian delegation
As a participant in the 1992 Earth Summit in Rio de Janeiro, Clóvis Cavalcanti has seen it all before. Guest-blogging at Blog do Alvinho Patriota [pt], he believes that it is difficult to expect a positive outcome from conferences like COP15, and makes some criticism of the Brazilian government and its 700 delegates who went to Copenhagen to “have fun” despite the seriousness of the debate:
No caso das grandes conferências internacionais, há participação significativa de burocratas e pessoas que vão ali apenas passear. Como, de fato, explicar que o Brasil tenha tido em Copenhague uma delegação de 700 membros? Não é sem razão que se passou a denominar acapital dinamarquesa de Shoppenhague. Por outro lado, quem pagou a despesa de tanta gente inútil para as discussões sobre o que interessava no caso, um acordo para conter a ameaçadora progressão da mudança climática do planeta? Admitindo a modesta quantia de 15 mil reais para a viagem de cada um desses nossos “representantes”, chega-se ao total de 10,5 milhões de reais de custo para a revoada (o dinheiro foi público). Sobre isso, deve-se adicionar a chamada pegada ecológica (custo ambiental) correspondente, esta última uma das causadoras do efeito estufa que a COP-15 visava conter.
Talking about the Brazilian delegation, Ciência na Mídia [pt] ironically singled out a faux pas made by Dilma Roussef, President Lula's chief of staff, in her speech during the press conference:
Dilma foi, de fato, a única que entendeu todo o espírito da COP-15 e por isso soltou: “o meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável” (veja a declaração ao vivo e a cores, da boca da própria muy perspicaz Dilma aqui).
Green retrospective and hopes
Felipe Saldanha wrote a “green retrospective” on the Projeto Jogo Limpo [pt] blog. He selected the 10 top facts that changed environmental discussions in various ways in 2009, saying that the new year is time to reflect on the episodes that help us to rethink our actions, among which, toward the environment:
Alguns episódios que aconteceram em 2009 foram desanimadores, outros renovaram nossas esperanças, porém o mais importante é que todos nos mostraram que líderes políticos, ativistas, cientistas e pessoas como eu e você continuam trabalhando pelo nosso planeta – e os resultados estão aparecendo.
And he has chosen COP15 as the top event of the year [pt], despite its discouraging outcome:
ntre as propostas que foram levadas para debate, estavam a fixação de metas para reduzir emissões até 2020 e a criação de mecanismos como um fundo climático em que os países ricos ajudassem os pobres a diminuir sua poluição. Esperava-se um sucessor para o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. Em meio a denúncias de manipulação de dados e muitos impasses, o que saiu foi um acordo político, que não foi aprovado com o consenso de todos os países, nem tem força de lei.
Bloggers Pedro and Mariana from the Um Pouco de Tudo [pt] blog criticize the results of the COP15 saying that it came to nothing:
Tivemos, mais uma vez, a certeza que desenvolvidos e emergentes não chegam a um acordo. Os ricos não querem alterar a sua matriz energética ao custo de rios de dinheiro e, os emergentes, surpreendentemente mostraram maior interesse na luta pelo planeta.
But they also highlight:
2010 reserva o segundo capítulo do COP15. Esperemos que tudo dê certo.